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COMO VEJO OS OUTROS

Quando saio à rua, gosto de analisar as pessoas com quem me cruzo, imaginando qual será a sua profissão ou mesmo o que os seus rostos reflectem naquele dia. Gosto, também, de examinar como é que certos indivíduos, cujas personalidades não raramente foram afirmadas durante a infância, numa atmosfera demasiadamente reprimida e/ou com uma mal orientada liberdade, reagem a certos estímulos. Algumas dessas pessoas saem à rua com um semblante de tal forma carregado, que mais parece terem os seus orçamentos acumulados de facturas para pagar no fim do mês. Gostaria muito de olhar para cada um e ver um sorriso nos seus lábios, uma expressão de serenidade ou mesmo o ar inocente de quem fica na mesma, aconteça o que acontece.Verifico muitas vezes e isso enche-me de curiosidade, que muitos tentam – nem sempre com sucesso – comportarem-se de forma a dar aos outros a impressão de que pertencem a um determinado extracto social, como se a vida delas dependesse, em absoluto, do factor “agradar para co

INSTINTO ... OU INTELIGÊNCIA?

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Um e:mail que recebi do amigo Luís, que nos faz acreditar na inteligência de certos animais, trouxe à minha memória um caso que gostaria de relatar-vos. Imaginem, portanto, esta passagem em vídeo virtual, já que não tenho imagens, o que lamento. Passou-se em Julho de 1972 e tem como protagonista um doce “vira-latas”. Estava eu sentada na praia, com a minha filha de 7 meses, quando vejo esta tentativa de “assalto” ao cesto de verga colocado a uns 10 mts de distância do local onde me encontrava, o qual se destinava à recolha do lixo. Tal “assalto”, perpretado pelo “vira-latas”, só seria possível através do recurso a cálculos de física testados em cada movimento, já que o pobre do animal não dispunha de qualquer tipo de calculadora. Assim, eu começo a constatar que o cãozito inicia um esgravatar na areia, na base do cesto, a grande velocidade, não fosse alguém antecipar-lhe um valente pontapé no seu “posterior” e ele ficasse impossibilitado de “levar a sua carta a Garcia”. O seu ob

UMA EXPLICAÇÃO PARA A CRIAÇÃO DESTE BLOGUE

Abro este meu blogue com um curto texto sobre as razões pelas quais decidi torná-lo "um meu outro cantinho de desabafos". Quem me conhece sabe que os meus silêncios são gritos da minha alma quando algo ou alguém afectou a minha sensibilidade. As pessoas, em geral, já estão cheias do que as afectará também, e assim sendo, necessitando de viver tão leve quanto possível para não tornar-me insuportável, procuro o mais possível desabafar sozinha deixando traços do que sinto num qualquer poço de descarga no tempo. Quis, porém, estabelecer diferenças entre dois dos vários tipos de desabafos que tenho: um que surge via espontânea, em que o meu coração - quando sofrido - acciona a minha mente e a leva a navegar por espaços muito subjectivos, muito intimistas e outro, objectivo, de cariz social, em que a minha mente - atenta ao que me rodeia - acciona um travão no meu coração e não lhe dá sequer oportunidade para divagar seja por onde for... indo directa aos assuntos que considerar pr