COMO VEJO OS OUTROS
Quando saio à rua, gosto de analisar as pessoas com quem me cruzo, imaginando qual será a sua profissão ou mesmo o que os seus rostos reflectem naquele dia. Gosto, também, de examinar como é que certos indivíduos, cujas personalidades não raramente foram afirmadas durante a infância, numa atmosfera demasiadamente reprimida e/ou com uma mal orientada liberdade, reagem a certos estímulos. Algumas dessas pessoas saem à rua com um semblante de tal forma carregado, que mais parece terem os seus orçamentos acumulados de facturas para pagar no fim do mês. Gostaria muito de olhar para cada um e ver um sorriso nos seus lábios, uma expressão de serenidade ou mesmo o ar inocente de quem fica na mesma, aconteça o que acontece.Verifico muitas vezes e isso enche-me de curiosidade, que muitos tentam – nem sempre com sucesso – comportarem-se de forma a dar aos outros a impressão de que pertencem a um determinado extracto social, como se a vida delas dependesse, em absoluto, do factor “agradar para co...