ERRADA OU NÃO, ESTA É A MINHA OPINIÃO

Enquanto presenciamos o caos que se instalou nas condições sócio-económico de muitos países, assistimos, também, à desigualdade existente entre os muitíssimo ricos e os paupérrimos. Há pessoas que têm o privilégio do excessivo sobre aquilo que pode ser considerado o básico desejável para vivermos bem, mostrando-se indiferentes à miséria em que vivem milhões de outros seres humanos, que coabitam com eles num mundo que parece mais um inferno do que um pouco de "paraíso". Urge que estas pessoas, as priviligiadas, reconheçam que uma percentagem elevada desses milhões de pessoas está a morrer em consequência de estarem privados do necessário para viver. A ninguém importaria que os primeiros tivessem mais, se os segundos tivessem o mínimo. Tanto pior se esta desigualdade é causada pela corrupção que se instalou em todo o mundo, a vários níveis. Pessoalmente, compreenderia que houvesse uma relativa diferença de situações por uma questão de melhor formação académica e/ou aplicação no trabalho, mas nunca compreenderei a inexistência de condições socio-económicas de base, para todos os cidadãos em geral.

AQUI podemos ver, bem retratada, uma ínfima amostra do que se passa a nível de desigualdade no mundo. O meu sentido BEM HAJA a quem luta por ajudar quem sofre, sobrepondo essa força e essa generosidade à indiferença - e até à preversidade - de quem não desiste de prejudicar a tão desejada igualdade, seja por desonestidade, seja por puro egoísmo.

As condições que, pessoalmente, considero básicas, poderão ser consideradas por alguns políticos Portugueses mais radicais, como "excessos", ou artigos de luxo. Depende sempre do que seja considerado como tal. Serei sempre contra a usurpação de bens a quem os tenha adquirido por herança ou em consequência de exercerem o seu trabalho respeitando três princípios: honestidade, entrega e ausência de usura. Contudo, a partir da data em que uma nova lei social impusesse travões nos excessos, para que a situação financeira dos referidos cidadãos paupérrimos melhorasse, aos priviligiados, nos quais incluo os reformados com uma pensão alta, deveriam ver reduzidas as suas futuras receitas, muito embora respeitando sempre uma percentagem preestabelecida de modo a permitir-lhes o cumprimento de compromissos assumidos antes das novas medidas de austeridade entrarem em vigor. O possível incumprimento dos mesmos poderia, obviamente, levar a uma indesejável agitação social, o que será sempre de evitar através da aplicação de medidas correctas. Quaisquer regras de austeridade a pôr em prática, nesses cidadãos, mais do que prejudicá-los por erros do passado, deveria evitar erros no futuro. Teria sempre de ter-se em conta a preparação atempada dos cidadãos para novas medidas em prol duma eficaz justiça social. Em circunstâncias praticamente inalteráveis ficariam as pessoas que tivessem já uma vida "confortável", na verdadeira acepção do termo, i.e., usufruindo de bens minimamente aceitáveis para viverem felizes.

Obviamente que outras medidas deveriam ser postas em prática, tais como uma apertadíssima investigação às despesas do governo e de instituições públicas, bem assim como à actividade ilícita de operadores bancários, etc., etc., cujo control deveria ser contínuo, afim de ser evitado o não cumprimento das regras aplicáveis nos diversos campos. Isso iria acabar, eventualmente, com a corrupção a que temos vindo a assistir. Cada membro do governo é um cidadão como outro qualquer, consequentemente, deverá cumprir o seu mandato como qualquer trabalhador. Existe neles um poder que lhes foi conferido pelo povo e a ele terão de prestar contas. O que se tem verificado é que os membros do governo, em geral, têm usufruído de condições que "levam muito a brasa à sua sardinha", chegando a ser uma afronta à confiança que lhes foi depositada pelos eleitores. Mais do que servirem-se do seu poder para darem ao povo condições sociais decentes, parece-me estarem a usá-lo em seu próprio benefício. Daí eu considerar que os sucessivos governos que Portugal tem tido, duma forma ou de outra, foram coniventes no verdadeiro caos que se instalou.



Maria Letra

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