VIVE-SE MAL NUMA SOCIEDADE CONSUMISTA

Causa-me arrepios quando penso nos milhões de euros que os cidadãos Portugueses gastam na compra de coisas que poderiam evitar. No contexto ‘crise actual’, pior ainda, mas eu não estou sequer a pensar no período que atravessamos, porque os gastos inúteis devem ser abolidos da mentalidade das pessoas mesmo em tempos de abundância de dinheiro.

Se os governos exercessem uma política de controle económico correcta, não existiria essa enorme camada de seres humanos carentes de condições básicas necessárias à sua possibilidade de beneficiarem do direito de viverem numa sociedade em que a vida não seja uma suja e chocante guerra entre os que têm muito … e os que muito têm, os quais, como se tem vindo a verificar, até chegam ao cúmulo de roubar aquilo que deveria ser de todos. Sim, porque esta luta só se verifica entre eles. Os pobres são passivos desse tipo de luta. A sua luta é uma outra, é a de suarem pela obtenção do pão seu de cada dia, sobrando-lhes tempo para pouco mais, pois o elevado número de filhos que têm, frutos de outros prazeres, resultantes muitas vezes, também, de causas que seria longo colocar aqui, ocupa-lhes o resto do tempo, num resto de dia disponível até que outro surja e a sua luta continue.

Não me situem num plano de defesa de qualquer tipo de política. O período que decorreu entre o 25 de Abril de 1974 e hoje, ensinou-me que só devemos confiar nos programas apresentados pelos partidos políticos quando os seus partidários, candidatos a governantes, ou ex-governantes, tenham dado provas de integridade absoluta ou, no segundo caso, de terem cumprido, à letra, o que prometeram. Eu sei, eu sei que os coitaditos fazem parte dum sistema, que estão sujeitos a pressões, etc., etc., eu sei. E é porque sei, que defendo estes males sejam cortados pela raiz e isso só poderá ser possível quando forem criados fortes alicerces na educação a partir da infância, começando pelo incentivo à boa leitura e à criação de normas fortemente viradas para esse tal respeito, o qual envolve o recurso a verdadeiros valores morais de que a sociedade carece. Não basta ensinar o abc àquelas crianças que, no seio familiar, sofrem as consequências, mais do que evidentes, de toda uma série de problemas. Claro está que, lado-a-lado com este programa, deveriam entrar outros no campo político em geral, devendo este ser muito mais rigoroso, uma vez que há vícios muito enraizados de desrespeito e ganância que deveriam ser completamente sanados. Esta é a minha simples e despretensiosa forma de declarar o que penso e o porquê da minha luta pela abolição do que está mal.

É neste contexto que deverão colocar-me e não noutro, seja ele qual fôr. Na defesa de tal política, escreverei sempre o que sinto, sem o recurso ao uso de Tretas, de que estamos todos cheios.

Maria Letra
13/08/2009

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